Plano de actividades e orçamento para o ano de 2019

1. Introdução
2. Enquadramento
    2.1 Associados
    2.2 Serviços
    2.3 Resultado de Exploração de 2017
3. Programa de Acção para 2019
    3.1 Associados
    3.2 Serviços
    3.3 Espaços
    3.4 Planeamento Estratégico
    3.5 Modelo de Gestão
    3.6 Representação Social
    3.7 Imagem e Comunicação
    3.8 Representação e Cooperação
4. Orçamento
5. Parecer do Conselho Fiscal
6. Anexos
    Anexo 1 – Proposta de Orçamento para 2019
    Anexo 2 – Propostas de Orçamento de anos anteriores sobre Custos e Perdas
    Anexo 3 – Propostas de Orçamento de anos anteriores sobre Proveitos e Ganhos
    Anexo 4 – Parecer do Conselho Fiscal


1. Introdução

De acordo com os Estatutos da Associação de Socorros Mútuos Montepio de Nossa Senhora da Nazaré a Direção apresenta à apreciação e votação da Assembleia Geral o Plano de Actividades e o Orçamento para 2019 tendo em vista dar continuidade à execução do Plano Estratégico e suas Linhas Gerais de Orientação Estratégica, aprovado pela Direção da Associação em Março de 2017 e atualizado em Junho de 2018.

A Direção tem vindo a desenvolver o seu trabalho para dar resposta às necessidades dos associados e utentes que se dirigem e utilizam os serviços disponibilizados pela Associação.

O Programa de Ação e o Orçamento para 2019 traduzem pois o desejo de, como necessário rigor, expandir os benefícios aos associados e a oferta de serviços, de uma maneira sustentada, procurando assegurar o equilíbrio da exploração, de modo a não comprometer o futuro da instituição.

Quanto ao número de associados é de salientar que ele tem vindo a aumentar embora não tanto quanto a Direção gostaria e que o esforço irá continuar de modo a ser garantida a sustentabilidade da Associação.

A Direção manterá a exigência necessária no controlo interno e respeitará as melhores práticas de gestão de maneira a melhorar a organização interna dos serviços para uma maior satisfação dos utentes.


2. Enquadramento

A Associação é membro da APM – RedeMut – Associação Portuguesa de Mutualidades e aí se manterá, possibilitando dessa maneira que os associados beneficiem das vantagens inerentes, como são as consultas médicas durante os fins-de-semana, feriados e noites, e possam usufruir dos serviços e cuidados oferecidos por outras associações membros da rede.
Em 2018 a Associação continuou a ação de consolidação do projeto mutualista estabelecido estatutariamente e a Direção propõe-se prosseguir nessa linha e dar cumprimento aos objetivos que a seguir se definemno Programa de Ação para 2019.

Tem sido preocupação da Direção a promoção da Associação no seio da comunidade e nesse sentido continuará a proceder aos contactos e relações institucionais que visem melhorar essa inserção e o seu reconhecimento a nível da sociedade.

2.1 Associados

No final de 2017 a Associação, pese embora não tenha atingido o objetivo planeado, contava com 1473 associados efetivos. No ano de 2018 e até ao final do 3º trimestre registou-se a entrada de 43 novos sócios pelo que se espera alcançar, se não ultrapassar, o previsto para o ano de 2018 de 50 novos sócios.

2.2 Serviços

Em 2017 na área da gastroenterologia foram realizados 1278 exames do SNS.
No âmbito da prestação de cuidados médicos e enfermagem foram realizadas no total 5306 ações durante o ano de 2017, das quais se destacam como mais significativas, 1166 consultas de Clínica Geral e receitas passadas num total de 948.

2.3 Resultado de Exploração de 2017

O resultado da exploração antes das depreciações foi negativo em 2017 no valor de 7.283,77 euros, tendo o resultado por força das depreciações/ amortizações, um saldo contabilístico negativo de 21.254,74 euros o qual foi anulado por transferência de igual valor do Fundo de Reserva. Esta situação, embora sob controlo, precisa de ser bem avaliada de modo a ser revertida, para resultados de exploração positivos, que são esperados já no final de 2018 e como adiante se estima, continuem no ano de 2019.


3. Programa de Acção para 2019

O Plano de Atividades foi traçado em linha com as orientações definidas no Plano Estratégico 2017-2019 de maneira a fortalecer a Associação durante este período.

3.1 Associados

No que concerne ao número de associados a Direção fixa como meta aumentar em 50 novos sócios o número que vier a ser atingido no final de 2018.

3.2 Serviços

A prestação de serviços continuará a privilegiar a vertente das consultas médicas, aproveitando o reforço feito em 2018, com a colaboração de mais dois clínicos gerais e de uma pediatra.

É também propósito da Direção para 2019 continuar os esforços para a criação de serviços na área da “Medicina no Trabalho” e a implementação de acordos com o SNS e outros sub-sistemas de saúde.

A autorização da Emissão de Credenciais para a realização de Exames Complementares de Diagnóstico é um objetivo ainda não atingido que gostaríamos de atingir em 2019. No entanto e como a sua concretização não depende apenas de nós, continuaremos, como temos vindo a fazer desde 2007, a envidar esforços nesse sentido. A concretização de novas parcerias constitui também objetivo para 2019 pelo que vamos continuar a insistir com o Ministério da Saúde, entidade que nos pode conceder tal autorização, como aliás já concedeu a outras instituições do sector mutualista e até do sector privado.

3.3 Espaços

Neste âmbito concretizou-se em meados de 2018 a redefinição do layout do rés-do-chão de maneira a possibilitar melhor aproveitamento do espaço para os utentes e para as colaboradoras da Associação.

3.4 Planeamento Estratégico

No sentido de cumprir o estabelecido no Plano Estratégico é objetivo para 2019 continuar a rentabilização das instalações, aproveitamento do espaço libertado devido à alteração da entrada, e também da estrutura funcional, com a implementação da nova função de coordenação, factos que aliados à certificação obtida no âmbito do SGQ, deixam a Direção muito orgulhosa com o caminho traçado para garantir a sustentabilidade da Associação.

3.5 Modelo de Gestão

O modelo de gestão assenta fundamentalmente na preocupação em melhorar o grau de satisfação dos associados pela avaliação do seu grau junto dos mesmos.

Em paralelo e concorrente com a preocupação anterior, a Direção continuará a promover a realização de ações de formação aos colaboradores, no cumprimento do que a legislação estabelece e de acordo com as necessidades da Associação.

Em 2019 será feita, até ao mês de Agosto, a revisão dos estatutos e proceder-se-ão assim às adequações que se mostrem necessárias em função do estabelecido no novo Código das Associações Mutualistas, que entrou em vigor pelo D.L. 59/2018 de 2 de agosto.

3.6 Representação Social

Com vista a aumentar o nível de conhecimento da Associação no seio da comunidade e no sentido da angariação de novos associados a Direção estará atenta à realização de eventos, sejam promovidos pela autarquia como é o caso da “Feira Social” e das jornadas “Mente Sã, Corpo São”, seja por outras entidades, nos quais se entenda ser relevante a presença de uma representação da Associação.

3.7 Imagem e Comunicação

É propósito da Direcção continuar a melhorar o processo de comunicação/imagem com os associados e o público em geral, pela manutenção do Web site, que foi revisto e atualizado em 2018, com grafismos e navegação mais funcionais e apelativos, veículo institucional do Montepio, e também da sua página no Facebook.

Ainda e de acordo com o “Planeamento Estratégico 2017-2019” continuará a fazer a publicação de anúncios periódicos no mínimo de 2 por ano.

3.8 Representação e Cooperação

Vamos reforçar as relações entre as instituições mutualistas e a sociedade e intensificar o relacionamento com a APM – RedeMut – Associação Portuguesa de Mutualidades.

Manteremos também os contactos institucionais com a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia, bem como as Instituições Particulares de Solidariedade Social existentes no concelho de Torres Novas.


4. Orçamento

O orçamento agora apresentado é o que, no entender da Direção, parece ajustado, em face do que são as receitas da associação, fundamentalmente da quotização e, numa outra parte, da rentabilidade global dos serviços prestados, sendo que se trata, em última instância, de garantir o equilíbrio entre as receitas e as despesas de exploração, sem comprometer a satisfação dos associados, clientes e colaboradores, por um lado e, por outro, uma gestão financeira saudável que garanta o futuro da instituição.

No sentido de melhorar e aumentar os serviços prestados temos como objectivos para 2019:
– Contratar um clínico na área da Pneumologia;
– Manter a nossa Certificação através da Norma ISO 9001:2015;
– Estudar a implementação de um novo protocolo de colaboração, com uma entidade cujos serviços se traduzam em benefícios para os nossos associados;
– Obter a autorização para a instalação e implementação da valência de Medicina no Trabalho;
– Instalar um Gabinete para a execução de exames auditivos.


Orçamento para o ano de 2019

Para fazer face às despesas de gestão com o normal funcionamento da Instituição bem como para o desenvolvimento das actividades propostas para o ano de 2019 a Direção apresenta um orçamento equilibrado onde se prevê para o total das rubricas de Custos e Perdas, e de Proveitos e Ganhos, um montante global de 213.500,00 euros.

Importa assinalar que as previsões para a generalidade das rubricas foi feita a partir da confirmação e, por extrapolação, dos valores contabilísticos consolidados até setembro de 2018.

Com vista a facilitar uma melhor avaliação da gestão por parte dos associados, e também devido à necessidade sentida pela Direção em fazer uma gestão ainda mais rigorosa, foram introduzidas alterações no quadro de suporte ao Orçamento para 2019 (Anexo 1) onde se presta informação mais detalhada pela inclusão de novas rubricas e desagregação de outras, qualitativamente significativas.

O exercício de 2019 não vai ser de grandes investimentos financeiros mas antes de estabilização activa através da rentabilização dos meios humanos e técnicos existentes na associação.

Em todo o caso, está previsto um pequeno investimento na aquisição de novos “Equipamentos Médicos” em 5.000,00 euros e um outro de 2.000,00 euros em “Equipamentos Diversos”.

No que respeita à estimativa de Custos e Perdas é de assinalar o reforço da verba para os vencimentos dos funcionários em cerca de 15 %, traduzindo-se num aumento de 6.000,00 euros em relação ao proposto para 2018, e onde se incluem as gratificações, prémios e o subsídio de alimentação.

A rubrica de “Consumíveis” foi desagregada em “Consumíveis de Saúde” com um valor de 10.000,00 euros e “Consumíveis de Escritório” com 2.000,00 euros.

As novas rubricas agora detalhadas são: Seguros de Acidentes de Trabalho (1.000,00 euros); Serviços Bancários (1.000,00 euros); Seguros Multiriscos/Acidentes Pessoais (2.000,00 euros); Material Limpeza Diversos (2.000,00 euros) e Pagamento de Quota RedeMut / Outras (500,00 euros).

Ainda do lado dos Custos e Perdas, para além do já referido aumento para o vencimento dos funcionários é de assinalar o valor estimado para os “Honorários/Trabalhos Especializados” (médicos e técnicos de saúde) de 110.000,00 euros, o que equivale a um aumento de cerca de 22%, mais 20.000,00 euros que 2018 e, para “Água, Luz e Telefone” um aumento orçamental de 3.000,00 euros, cerca de 16% mais que em relação a 2018.

Passando para o lado dos Proveitos e Ganhos estima-se uma redução da rubrica dos “Donativos” (menos 2.500,00) mas um aumento assinalável nos “Serviços Prestados/Consultas” na ordem de 35.000,00 euros, cerca de mais 26%, fixando-se esta rubrica numa previsão de 165.000,00 euros para 2019.

De referir que as verbas para proveitos inerentes a “Joias e Quotas de Associados” no valor de 30.000,00 euros, bem como as de “Rendas e Alugueres” no valor proposto de 18.000,00 euros, acompanham as propostas feitas para 2018.

As propostas orçamentais respeitantes a Custos e Perdas dos anos de 2016, 2017 e 2018, estão referenciadas no Anexo 2 o que possibilita verificar como evoluiu a estimativa das principais rubricas da despesa, donde sobressai o crescimento do “Vencimento de Funcionários”, a redução da “Água, Luz e Telefone” e da “Certificação”, cujos procedimentos se iniciaram em 2016, o acréscimo dos “Consumíveis” com tendência estabilizadora e a preocupação com a “Imagem e Comunicação” que também surgiu no ano de 2016.

Dessa análise ressalta a preocupação com a melhoria das competências dos funcionários pela inclusão de despesas com “Formação” que surgiram no ano de 2017 e foram continuadas na proposta orçamental de 2018.

No Anexo 3, tal como foi feito para os Custos e Perdas, resume-se informação sobre a evolução das propostas feitas em orçamento para Proveitos e Ganhos referentes aos mesmos anos de 2016, 2017 e 2018.

De registar uma diminuição global das estimativas feitas para 2018 em relação a 2017, com maior evidência na rubrica de “Serviços Prestados / Consultas” e também das “Rendas e Alugueres” resultante da prevista redução das rendas motivada pela alteração de inquilino.

É importante dizer que a auditoria ao Sistema de Gestão de Qualidade não evidenciou desconformidades, mas há que continuar a investir na melhoria da qualidade geral dos serviços prestados e nos suportes documentais de apoio à gestão.

Por último é relevante assinalar que, de acordo com os princípios anunciados atrás e sem prejuízo da satisfação das necessidades dos associados, a Direcção estima para o exercício de 2019, um resultado previsível positivo de 5.000,00 euros, antes de depreciações.


5. Parecer do Conselho Fiscal

Junta-se a este Plano de Atividades e Orçamento para 2019 (Anexo 4), tal como é estabelecido nos Estatutos da Associação, o “Parecer do Conselho Fiscal”, onde este dá a sua opinião sobre os propósitos anunciados pela Direção da Associação, para atingir os objetivos a que se propõe em 2019.



6. Anexos

Anexo 1 – Proposta de Orçamento para 2019

DESCRIÇÃO ESTIMATIVA DE PROVEITOS E GANHOS (euros) ESTIMATIVA DE CUSTOS E PERDAS (euros)
Vencimento de funcionários 44.000,00 €
Honorários / Trabalhos especializados 110.000,00€
Água, luz e telefone 8.000,00 €
Contabilidade 4.000,00 €
Elevadores 2.000,00 €
Segurança Social 9.000,00 €
Seguros acidentes trabalho 1.000,00 €
Seguros multirriscos / Acidentes pessoais 2.000,00 €
Equipamento / Mobiliário (manutenção) 2.000,00 €
Equipamentos médicos 5.000,00 €
Equipamentos diversos 2.000,00 €
Consumíveis de saúde 10.000,00 €
Consumíveis de escritório 2.000,00 €
Certificação 1.000,00 €
Serviços bancários 1.500,00 €
Material limpeza / Diversos 2.000,00 €
Imagem e Comunicação 1.000,00 €
Formação / Outros gastos pessoal 1.500,00 €
Pagamento quotas RedMut / Outras 500,00 €
Resultado previsível (antes de depreciações) 5.000,00 €
Joias e Quotas de Associados 30.000,00 €
Donativos 500,00 €
Serviços prestados (consultas) 165.000,00 €
Rendas e Alugueres 18.0000,00 €
TOTAL 213.500,00 € 213.500,00 €




Anexo 2 – Propostas de Orçamento de anos anteriores sobre Custos e Perdas

Descrição Custos e perdas
2016 2017 2018
Vencimento de funcionários 35.000,00 € 36.000,00 € 38.000,00 €
Honorários médicos 95.000,00 € 110.000,00 € 90.000,00€
Água, luz e telefone 8.000,00 € 6.000,00 € 5.000,00 €
Contabilidade 4.000,00 € 4.000,00 € 4.000,00 €
Elevadores 2.000,00 € 2.000,00 € 2.000,00 €
Segurança Social 11.000,00 € 12.000,00 € 11.000,00 €
Consumíveis 5.000,00 € 12.000,00 € 11.000,00 €
Equipamento/mobiliário 3.000,00 € 5.000,00 € 3.000,00 €
Certificação 5.000,00 € 4.000,00 € 2.500,00 €
Imagem e Comunicação 2.000,00 € 1.000,00 € 1.000,00 €
Formação 2.000,00 € 1.500,00 €




Anexo 3 – Propostas de Orçamento de anos anteriores sobre Proveitos e
Ganhos

Descrição Proveitos e Ganhos
2016 2017 2018
Joias e Quotas de Associados 35.000,00 € 35.000,00 € 30.000,00 €
Donativos 5.000,00 € 5.000,00 € 3.000,00 €
Serviços prestados (consultas) 140.000,00 € 160.000,00 € 130.000,00 €
Rendas e Alugueres 23.0000,00 € 23.000,00 € 18.000,00 €




Anexo 4


PARECER DO CONSELHO FISCAL

Ao décimo primeiro dia do mês de Novembro do ano de dois mil e dezoito esteve reunido o conselho fiscal, com vista a tomar conhecimento do Plano de Atividades e do Orçamento para o ano de dois mil e dezanove.

De acordo com os termos da alínea i) do nº1 do artigo 35º conjugada com a línea b do nº1 do artigo 36º dos Estatutos, o conselho Fiscal analisou e discutiu os documentos referentes ao Plano de Atividades e ao Orçamento elaborado pela Direção, não tendo vislumbrado qualquer situação que não se enquadre na atividade normal na Instituição, nos seus atos de gestão corrente, pelo que deliberou emitir Parecer favorável, conforme o nº 3 do artigo 55º dos Estatutos da Associação.

Torres Novas, 11 de Dezembro de 2018



(André Vieira Vassalo da Fonseca)



(Maria Ana Sentieiro Oliveira Marques Rodrigues)



(Manuel Armando dos Santos Rodrigues)